Com certeza você já sofreu ou conhece alguém que caiu em um golpe. Com a popularização da tecnologia e maior facilidade de acesso às redes sociais, cresceu também o número de golpes digitais, especialmente contra pessoas idosas.
A maior parte das fraudes ocorre pelo celular, por meio de uma ligação ou de um aplicativo, e de forma cada vez mais sofisticada. Utilizando técnicas de engenharia social (mecanismo que consiste em obter informações privilegiadas enganando os usuários através de identificações falsas, aquisição de carisma e confiança da vítima), fica até difícil identificar a armadilha.
Por isso, é fundamental manter-se atualizado(a) sobre as técnicas e estratégias utilizadas pelos criminosos. Sempre utilize senhas fortes e diferentes para cada conta online, mantenha o software antivírus e o sistema operacional sempre atualizados. Outro ponto importante é a autenticação em dois fatores (verificação em duas etapas) para o e-mail e as redes sociais, recurso que acrescenta uma camada adicional de segurança, utilizado no processo de autenticação de login.
Quando decidir realizar uma compra, verifique a autenticidade de sites e lojas online antes de fornecer dados pessoais, e utilize meios de pagamentos seguros e confiáveis. Também é importante buscar informações no Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br) e em locais de Defesa do Consumidor.
Se perceber algo suspeito, denuncie às autoridades competentes e à empresa pela qual os golpistas estão se passando. Objetivando ajudar você a se proteger, o Informativo CABEC traz algumas dicas essenciais para que fique atento(a) e evite cair nos golpes virtuais.
Solicitação de informações pessoais
Desconfie de mensagens, e-mails ou telefonemas que solicitam informações pessoais, como senhas, números de cartões de crédito, CPF ou dados bancários. Empresas legítimas, geralmente, não pedem que os clientes forneçam esse tipo de informação por meios inseguros ou não oficiais.
Promessas mirabolantes
Fique atento a promessas de ganhos fáceis e rápidos. Golpistas costumam oferecer oportunidades de investimento com retornos garantidos ou prêmios irrealisticamente altos. Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente pode ser um golpe. Sempre confira nos canais oficiais das empresas ou entre em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).
Links suspeitos
Evite clicar em links enviados por desconhecidos ou em mensagens não solicitadas. Verifique sempre a autenticidade dos links antes de fornecer qualquer informação pessoal. Uma forma segura de fazer isso é digitando o endereço (URL) diretamente na barra de endereço do navegador.
Pedidos urgentes de dinheiro
Desconfie de solicitações de transferências financeiras urgentes, principalmente quando vêm de pessoas desconhecidas. Golpistas podem se passar por amigos ou familiares em emergências, buscando aproveitar a pressa e a preocupação, para obter dinheiro indevidamente.
Fique atento a mensagens ou a e-mails que tentam criar um senso de urgência ou alarmismo, como ameaças de suspensão de contas, cobranças indevidas ou pendências inexistentes. Essas táticas são utilizadas para induzir ações impulsivas e impensadas.
Conheça os golpes mais frequentes:
Golpe do WhatsApp
Um dos mais comuns contra pessoas idosas. O golpista, em um outro número de celular, muda a foto, o nome e a descrição no WhatsApp para um parente da vítima. Normalmente um filho ou um neto. Finge ser a pessoa e pede um dinheiro urgente para ser pago por PIX. A vítima acredita ser o parente e acaba fazendo o depósito.
Para esse golpe, é essencial saber o número real dos seus parentes próximos e jamais fazer qualquer tipo de depósito sem ter certeza de que é para a pessoa certa. O ideal mesmo é só fazer isso se estiver cara a cara com o parente ou após se certificar com a própria pessoa ou com parentes dela da procedência do pedido, tendo em mente que, por telefone, pode ser perigoso, pois, entre as artimanhas dos golpistas, está a tentativa de imitar a voz da outra pessoa.
Golpe do falso sequestro
Muito parecido com o anterior, no do falso sequestro o golpista liga ou manda uma mensagem de WhatsApp para a vítima e finge ser um parente que foi sequestrado. Pede um valor em dinheiro para liberar a pessoa. Só que é mentira. Finge inclusive a voz, põe no telefone alguém chorando, gritando. Tudo isso para deixar a vítima desestabilizada emocionalmente a ponto de fazer o depósito.
A dica é a mesma: jamais faça qualquer depósito ou transferência sem ter certeza. Se algum “sequestrador” entrar em contato com você, desligue o telefone e fale com a polícia. Tente entrar em contato com o seu parente e, caso ele não atenda à ligação telefônica de imediato, não se desespere. Procure falar com ele de novo mais tarde.
Golpe do falso atendente de Banco
É um golpe sofisticado com inúmeras vítimas. Uma pessoa liga fingindo ser um atendente de Banco, fala alguns dados da vítima, é supereducada, conversa de forma muito técnica e, ao ganhar confiança da pessoa, começa a pedir que confirme algumas informações, essenciais para o golpista furtar o dinheiro no Banco.
Em alguns casos, como no golpe do acesso remoto, o criminoso pede que a pessoa baixe um aplicativo (AnyDesk ou TeamViewer, por exemplo, que permitem a conexão remota do golpista com o aparelho da vítima) ou que clique em um link, ou diz que irá recolher o cartão na casa da vítima. É do que ele precisa para acessar o aplicativo do Banco e fazer a limpa por lá.
Não dê informação para ninguém, nem confirme dado algum! Desligue o telefone, ligue para o número oficial do seu Banco e veja se foi uma tentativa de golpe ou não.
Golpes com cartão de crédito
A vítima recebe um SMS (mensagem de texto para o celular) ou até um WhatsApp com alertas de compras de valor alto ou de que o cartão foi clonado. A pessoa responde, informa alguns dados e, pronto: o golpista pega essas informações e passa a usar o cartão. Por isso, nunca abra links ou ligue para números indicados nessas mensagens.
Outro golpe bem comum é o da clonagem do cartão de crédito. Ao passar o cartão em uma maquininha ou em uma compra na Internet, os dados são roubados e os criminosos passam a utilizá-lo. Outro é passar o cartão na maquininha fraudada ou com visor quebrado. O valor registrado é muito maior do que o dito pelo suposto “vendedor ou entregador” e não o valor que foi informado no ato da operação ou que aparece na tela da máquina.