É cada vez mais comum encontrarmos nos supermercados ou restaurantes a informação se o alimento contém ou não glúten. Mas afinal, o que é glúten e por que tantas pessoas têm tentado evitá-lo? Nesta edição do Informativo CABEC, traremos mais dicas para quem quer manter uma vida saudável e equilibrada. O glúten é uma proteína encontrada em grãos – como trigo, cevada e centeio – presente em muitos alimentos comuns, mas os efeitos do glúten podem ser prejudiciais à saúde.
Por isso, compreender o glúten e seus possíveis efeitos sobre a saúde é uma etapa importante para uma vida mais saudável e equilibrada.
A doença celíaca não é uma alergia alimentar, mas uma condição autoimune em que o consumo de glúten provoca uma reação imunológica que danifica o revestimento do intestino delgado. Embora seja mais comum que os sintomas apareçam logo na infância, a doença celíaca pode se desenvolver em qual- 5 quer idade, inclusive em idosos. A principal causa é genética, afetando geralmente várias pessoas da mesma família.
Além do histórico familiar, outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, como: diabetes tipo 1, Síndrome de Down e doenças da tireoide.
Enquanto a reação alérgica começa logo após a ingestão do alimento, com sintomas súbitos ou fatais, a doença celíaca pode ser mais lenta e silenciosa. E é justamente aí que mora o perigo. A ingestão do glúten por celíacos pode levar à má absorção de nutrientes, causando deficiências nutricionais, perda de peso e outros problemas de saúde. Nesse caso, cortar o glúten da dieta não é uma simples “escolha”, mas uma necessidade.
Por se tratar de uma doença autoimune não há cura, mas é possível controlar os efeitos da doença. Sem tratamento, a doença celíaca pode levar a cânceres intestinais, desnutrição, infertilidade, osteoporose e problemas neurológicos, como epilepsia. Os sintomas clássicos são gastrointestinais, como: dor abdominal, constipação, gases, náusea, perda de peso e diarreia. Entretanto, mais da metade dos celíacos tem sinais ou sintomas que não estão relacionados ao sistema digestivo, como anemia, dermatite herpetiforme (lesões bolhosas na pele), lesões na boca, cansaço, formigamento nas mãos e pés, alterações de humor, dor nas articulações, menstruação irregular e problemas de crescimento.
Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos da doença celíaca, como inchaço, dor abdominal e fadiga, mas não possuem a doença celíaca nem alergia ao trigo. Na verdade, esta condição é conhecida como sensibilidade ao glúten não celíaca, quando o corpo reage mal à proteína, mas o intestino não sofre danos.
RISCO PARA IDOSOS
Diversos estudos relacionam o consumo de glúten e o agravamento de doenças inflamatórias, como a artrite. Por isso, reduzir ou eliminar o glúten da dieta pode ajudar a aliviar os sintomas em algumas pessoas. Além disso, para muitos idosos, manter um peso saudável é um desafio. Produtos sem glúten muitas vezes são menos processados e mais ricos em fibras, o que pode beneficiar a digestão e ajudar na manutenção de um peso saudável.
GLÚTEN FREE
ATENÇÃO AOS RÓTULOS Leia atentamente os rótulos dos produtos. Muitos alimentos processados contêm glúten escondido em ingredientes como malte, amido modificado e molho de soja.
PREFIRA ALIMENTOS NATURAIS: Frutas, vegetais, carnes, peixes, ovos e legumes são naturalmente livres de glúten e garantem todos os nutrientes essenciais para a saúde.
SUBSTITUA O GLÚTEN A disseminação de informações sobre a doença estimulou a indústria alimentícia a produzir alternativas sem glúten. Apesar do custo mais elevado, é fácil encontrar versões sem glúten de pães, massas e outros produtos. Farinhas de arroz, amêndoa e coco são excelentes substitutos.
PROCURE UM NUTRICIONISTA Antes de fazer qualquer mudança significativa na dieta, consulte um nutricionista.